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Entenda o por quê, valorize com quem

Muita gente se submete aos mais diferentes processos de coaching para entender ou buscar um propósito naquilo que faz. Como um de meus propósitos é impactar positivamente as pessoas e levar inovação e o desenvolvimento para o setor de nutrição, que é a área que pesquiso e estudo há mais de uma década, consegui ajudar a alavancar negócios junto a outros nutricionistas e profissionais do meu setor.



Sempre que alcancei minhas metas, aprendi algo fundamental em minha trajetória: entender as pessoas que eu atraio e os que fazem parte de minha “comunidade”, ou seja, peças fundamentais na minha vida, que me ajudam a crescer e evoluir integralmente e que não são, todas elas, de meu mercado ou setor de atuação. Portanto, sugiro que antes mesmo de entender qual ou quais são os seus propósitos, você deve pensar em quem está junto com você.


Além da identificação, são essas relações que nos desafiam ser melhores. E ninguém é dividido – age de uma maneira em casa e de outra no trabalho. Nós somos seres íntegros, inteiros; e nos desenvolvemos a partir das semelhanças que percebemos, portanto, vemos características, habilidades e competências que temos refletidas no comportamento do outro.


Os seus valores é que guiam essas escolhas e estabelecem redes de contato. Para ficar fácil de entender, posso falar da área que atuo como consultora. Novos produtos, novas patentes, e novos negócios são impulsionados pela ética que rege a cada um de nós. Mas, fazemos isso em grupos. Esses grupos nutrem ecossistemas de relacionamento. E todos são sempre de uma só natureza: pessoal.


Para que seja genuíno, você deve saber “porquê”, “por quem” e “com quem” você faz alguma coisa, os grupos ou comunidades que fazemos parte são também sistemas que nos acolhem. Ao nos tornarmos “pertencentes”, levamos parte do que aprendemos para nossas vivências pessoais e ainda evoluímos em aprendizado, técnicas e conhecimento de novas ferramentas, que nos movem profissionalmente. Entender essas dinâmicas ajuda a construir um ‘sistema bem alimentado’. E são estas estruturas que vão compondo bases sólidas de aprendizado e troca.


Na prática, conhecimento e vivência precisam andar juntos. Deste tipo de reflexão é que entendo que uma primeira dica valiosa para quem quer empreender com ineditismo e relevância, em qualquer área, é algo simples de ser apreendido: a ideia de que, quem sonha “alto”, tem mais chance de realizar o que deseja. Depois de investir pesado em formação científica e em desenvolvimento pessoal, vi que há milhares de maneiras de aprender e ‘puxar o fio’ do conhecimento, portanto, nenhum acerto ou erro deve ser superestimado.


Sua ação nasce da sua "visão + seus primeiros passos + as pessoas que colaboram com você", e essa visão cada vez mais única do comportamento consumidor no mundo (rede), conectado via internet, em todos os horários do dia ou da noite, também nos coloca diante de um paradigma importante: não há distância entre as pessoas nos celulares, mas elas estão cada vez mais confortáveis em suas comunidades virtuais. Ou seja, unir e afastar fisicamente as pessoas, mudou o consumo.

Uma pesquisa da Euromonitor International, referência mundial em pesquisa de mercado, e que analisou as tendências globais de consumo de 2019, apontou que a inteligência é o fator comum, o que liga o modo de viver das pessoas às suas escolhas.

Alguns desses pressupostos chamam atenção ou ajudam a explicar ‘o que somos’ segundo os dados apurados.

Os apontamentos tentam responder às necessidades de consumidores digitais, que absorvem e compartilham informações o tempo todo.

Vivemos em sociedades agnósticas quanto a idade, a longevidade aumentou e, de maneira geral, todos gostam das mesmas coisas. Portanto, as pessoas querem ser tratadas a partir de seus interesses comuns, independentemente da idade; e demandam que o mundo acolha sua individualidade pelo máximo de tempo possível. Isso incita viver mantendo mente e corpo jovens, com cada um sendo ‘a melhor versão de si mesmo’ e com a melhor aparência que puder ter.

Também estamos voltados ao que é básico pelo status: a ideia de que “menos é mais” não é só parte de um conceito minimalista, ela mostra a propensão a consumir produtos e serviços simples, de qualidade e com produção local. A autenticidade é um valor importante nos dias de hoje. Quanto mais as experiências são diferenciadas, personalizadas e carregadas de sentido, mais elas atendem à necessidade de atrelar o consumo a um estado ou condição social, que é o nível de status inerente àquela compra/uso daquele produto ou serviço.

As pessoas estão mais propensas a consumir de uma maneira consciente, o que significa dizer que elas pesam suas decisões a partir de uma visão mais sustentável, em prol de rever o impacto negativo que o consumismo tem no planeta.

Digitalmente, as interações e experiências podem ser coletivas e diretas (do consumidor para com a marca, por exemplo). Por isso a tecnologia e a facilidade de comunicação criam números e indicadores quase que constantemente. A capacidade de analisar e tomar ações com estes dados pode não acompanhar o mesmo ritmo. Por isso, o conhecimento é outro valor que alimenta mudanças de comportamento – é poder, na medida em que as pessoas se sentem e se comportam como especialistas.

O mais interessante dos dados, também se relaciona diretamente com o paradigma de “não existirem mais distâncias”. A alegria do isolamento e o conceito de “JOMO” é a definição da Euromonitor para a tendência em apostar em ter mais propósito com todo e qualquer tempo gasto, indica: Joy Of Missing Out, traduzido como “alegria de ficar de fora de algo”. A linha que separava a vida pessoal e o trabalho tornou-se muito tênue com as plataformas de interação social online, que fomentaram massivamente o “medo de ficar de fora”, de perder algo (fear of missing out), por isso o consumidor se voltou para definir limites, selecionar.

Outro ponto interessante a ser observado é o prazer em estar solteiro e o significado que a solitude vem adquirindo. As gerações estão redefinindo o ‘viver só’. E isso não vem dos mais jovens, de acordo com a pesquisa, o movimento é visto pelos que já completaram mais de 50 anos. Podem estar viúvos, divorciados e com filhos adultos ou terem sido solteiros durante toda a vida, mas são estas pessoas que influenciam outras gerações e, com isso, recriam modelos mentais de relacionamento. Aumentar os índices de divórcios ou não compactuar com a ideia do casamento é algo mais “natural” no mundo de hoje. Isso porque a solitude, que está ligada à privacidade, segue como estilo de vida a ir se expandindo.

O mundo em que vivemos nos compele a sermos, cada vez mais, “quem somos”. E isso só pode ser entendido no contexto coletivo. Investir nessa descoberta individual é, necessariamente, entender “com quem” somos.

Com amor e conexão, Vanessa Suzuki.

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