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Com criatividade, tomate vira beleza na cozinha

Nem todo mundo fica à vontade na cozinha. Associando o grande desenvolvimento da indústria de alimentos com a ida das mulheres (que sempre foram as protagonistas da cozinha) para o mercado de trabalho, fomos perdendo a intimidade com a prática de cozinhar.



Temos observado uma retomada dessa atividade nos últimos meses durante os últimos anos, e de forma mais intensa durante a pandemia, não apenas por necessidade de subsistência, mas também por diversão.

Preparar o próprio alimento também é prazer.

No entanto, para quem não cozinha, as primeiras incursões nesse ambiente podem ser desafiadoras. Por onde começar? Quais as técnicas? O que fazer a partir daquele alimento in natura? É aqui que entram em ação nossa curiosidade e criatividade. Cada alimento oferece muitas possibilidades de preparo. Cada tempero, cada tipo de cocção, de preparo, cada associação dá a ele um gosto diferente.


Pensem no tomate. Aquele que costumamos comer em rodelas, na salada, quando vamos a um restaurante self-service. Agora vá além e pense naquele molho de tomate delicioso que você comeu em alguma ocasião e que a tornou memorável. Imagine então uma sopa de tomate quentinha para aconchegar numa noite fria. E tomates assados, que você apenas corta, mistura com os temperos que sua intuição recomendar e coloca no forno. O tomate, que parece tão trivial, é cheio de perspectivas.


E não é só isso. O tomate também é nosso aliado na saúde e na beleza, pois é cheio nutrientes e de carotenóides.

Os carotenóides constituem uma família de compostos lipofílicos cujos principais constituintes são o betacaroteno, licopeno, luteína e zeaxantina. Como não são sintetizados pelo organismo, esses pigmentos precisam ser obtidos através da dieta. Vegetais e frutas de cor laranja, como cenoura, mamão, manga e abóbora, são ricos em carotenoides.


O licopeno é um dos 600 pigmentos carotenoides encontrados na natureza e um dos 25 encontrados no plasma e tecidos humanos. Sua estrutura é responsável pela coloração vermelho alaranjada de frutas e vegetais nas quais está presente. Esse pigmento tem um efeito protetor direto contra os radicais livres, sendo considerado um potente fotoprotetor. O tomate (personagem principal dessa história), bem como seus derivados, tem a melhor contribuição dietética em relação ao licopeno, mas também são boas fontes o mamão, a goiaba vermelha, a pitanga e a melancia.


Um aspecto importante em relação ao licopeno é que o aquecimento e a gordura dietética parecem influenciar na sua absorção.

Em um estudo clínico, a formação de eritema foi 40% menor no grupo que consumiu o molho de tomate com azeite de oliva, quando comparado com o grupo controle. Em outro estudo controlado, 20 mulheres consumiram 50g de purê de tomates e ao final de 12 semanas obteve menor formação de eritema quando comparado com o grupo controle. Em ambos os estudos o equivalente a 16mg de licopeno/dia, isso indica que processamento aumenta a biodisponibilidade de licopeno devido à liberação da matriz do alimento. Ou seja, molho e purê de tomate são uma das melhores fontes biodisponíveis de licopeno.


Os estudos demonstraram que é possível obter benefícios para a pele através do consumo de molho de tomate, purê de tomate ou suplemento alimentar com aproximadamente 16mg/dia de licopeno. Depois de todas essas evidências, aposto que você já está olhando com outros olhos aqueles tomatinhos que estão na geladeira e não pareciam muito promissores. Então, procure uma receita simples e coloque sua criatividade em ação para transformar os tomates em saúde e beleza.


Com criatividade, Vanessa Suzuki.

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